segunda-feira, agosto 01, 2011

Quero ser Chico Buarque


Capítulo 1

Quando são devaneios etílicos

Neste primeiro capítulo o certo seria introduzir ao leitor os motivos que me levam a produzir sobre Chico Buarque. Rasgaria seda e cairia no lugar comum, o que não é meu propósito, valendo lembrar que se eu tivesse esta resposta seria um jornalista e não escritor de fim de semana.

Escolhi percorrer um caminho menos objetivo, que perpassa pontos fantasiosos e experiências surreais, não necessariamente nesta ordem. Certo dizer que, separar o real do imaginário não será minha intenção, muito antes pelo contrário. Espero não ser incompreendido ou, no pior das hipóteses, processado. Entendam como uma mera homenagem...

E caminho na praia, olhando ao longe o oceano, entre Copacabana e Ipanema, sem destino, madrugada adentro. Mineiro avesso ao mar, no Rio prefiro a noite, o samba, os mistérios da madrugada interminável.

Estou meio que embriagado e sozinho. Isso se passou há uns 5 anos atrás, creio eu, e nestes desatinos inconcebíveis, pairando a pé em Copa, decido chegar até a Lagoa Rodrigo de Freitas, onde imagino encontrar com Chico, talvez saindo para uma caminhada matinal.

Lembro bem que a intenção era boa, mas a ideia não. Percorri longo caminho e encontrei com o primeiro fantasma, dessas figuras lendárias que nunca dormem, e que, sem cerimônias indagou em bom inglês:

_ What´s up, man. black or white?

No mínimo meu cigarro de palha era novamente confundido com maconha, ou talvez a os dreads que antes me embelezavam eram os verdadeiros culpados.

Como minha resposta foi em português embaralhado ele logo percebeu que eu não era gringo. Falei que era mineiro, de BH e ele sem pestanejar:

_ Mineiro? Conheço Milton Nascimento. Gosto muito!

E cantarolou Coração de Estudante, antes que eu pudesse falar que Milton era, na verdade, carioca.

Desvio do assunto, do sujeito e da música. O plano é outro e continuo andando. Mas o Rio é o Rio e as surpresas me esperam. Logo ali em um quiosque, Mulatas, Polacas, Joanas, Beatrizes e talvez alguma Geni, não sei. Ouço meu nome! Interrompo imediatamente os passos e fico a pensar na morte da bezerra, ou, como assim ela sabe meu nome? Uma das moçoilas intervém de copo na mão e pouca roupa:

_ Tá perdido Mineiro?

_ Talvez sim, talvez não – digo evasivo, ganhando tempo. Mas a verdade é que a memória me traía. Quando? Onde? Por quê?

Não recuso o copo e ela me lembra de um porre noites atrás. Nenhum trabalho realizado a meu pedido, descubro aliviado, mas sim a encontrei com um grupo de gringos italianos. Foi onde aprendi que prostituta no Rio fala no mínimo 3 línguas, ou fica fora do mercado. Os gringos se foram e elas ficaram, pois o dia estava fraco e a sede era grande, segundo me disseram.

De consciência limpa e com a honra intacta me transbordo de histórias daquelas sofridas (ou não) mulheres e quando me dou conta já é manhã e Chico não deve ter me esperado.

Aborto a missão, mesmo por que as pernas desobedecem, e o corpo teima em padecer. Saio assobiando Samba e Amor, distraído como sempre, enquanto procuro o caminho de volta para minha BH.



No próximo capítulo descubro que, para ser Chico Buarque tenho antes uma grande fila para enfrentar...

quarta-feira, julho 20, 2011

A involução da Escrita


Lembro com saudades da minha professorinha de pré-primário, me ensinando a pegar no lápis e escrever corretamente. Até hoje pego no lápis de maneira estranha, mas pelo menos aprendi a escrever. Não que tenha adiantado muito. Poderia ter aprendido outras coisas mais valorosas como cantar funk, mas nessa época as coisas não eram assim. Acabei virando professor mesmo.

Fiz esta pequena introdução para falar sobre como os jovens de hoje em dia conseguem (ou não conseguem) escrever. Leio a notícia de que o estado de Indiana nos EUA está abandonando a escrita cursiva. Aquela feita à mão sabe? Quase caí da cadeira, num primeiro momento, mas se for parar pra pensar, não estamos indo para o mesmo caminho, só não admitimos?

Vejamos... Sempre que converso com alguém sobre escrita ouço: __ Poxa, tanto tempo que não escrevo, até desaprendi a pegar na caneta.

É camarada. O trem é feio. Computadores, notebook, celulares. Você pensa e eles executam. Escrever pra que? Dá uma trabalheira danada.

Disse à minha sogra, que me mostrou a matéria de Indiana, que desse jeito estamos fadados à involução da escrita. Explico didaticamente:

1 Esqueceremos as vogais
2 Perderemos as consoantes
3 Voltaremos a escrever por símbolos ou emoticons, talvez
4 Pra escrita cuneiforme já é um passo
5 Hieróglifos básicos
6 De tacape na mão, puxando as mulheres pelos cabelos, cheguemos na arte rupestre.

É claro que estou exagerando. Acredito em melhorias, mas é sempre bom tomar cuidado.
Todo começo de ano quando estou dando aula peço para os alunos fazerem um memorial critico / reflexivo sobre seu cotidiano, de no mínimo 30 linhas. Grande parte não sai das cinco primeiras. Outros embromam, aumentam a letra, repetem frases. É quase uma guerra contra o papel, sendo que o inimigo principal é o tal do português, coitado, tão castigado.

E assim concluiremos, sem escrever, sem ler, obviamente, e talvez, desaprendendo a falar. Aos gritos, grunhidos e engasgos chegaremos ao ponto de pedir clemência a São Machado de Assis, mas temendo sempre a volta de um Paulo Coelho qualquer. Nós somos merecedores, mas nem tanto né?

segunda-feira, maio 24, 2010

Videocast: Papo de Buteco 1

Videocast onde apresento meu Papo de Buteco, dando dicas de dois discos da minha pequena e estimada coleção!

Samba, cerveja e muita bobagem!!

A música ao fundo é da banda de gafieira Senta a Pua, que eu não pedi autorização, mas estou dando, assim espero, o devido crédito!

Espero que seja do agrado de todos. Estou melhorando... hehe

abraços e beijos!

terça-feira, maio 11, 2010

Videocast tosco!!!

Ai meus caros!! Quem falou que não dava heim?
Minha primeira tentativa de fazer um videocast, que saiu tosco, mas foi com carinho!

Divulgação do blog e do podcast, que esta semana tem novidades!!

abraços e espero que seja do agrado de todos ver minha carinha!!


twitter: @tiagosanzio


terça-feira, maio 04, 2010

Podcast2

Depois de uma semana com Dengue, estou de volta.
O novo podcast vem com:

Camila de Ávila
U-Gueto
Mestre Jonas e Silvia Gomes

além dos costumeiros lero, lero.

Espero que gostem. E fiquem no aguardo, por que logo mais vem novidades pro blog!

beijos e abraços!



download

twitter: twitter.com.br/tiagosanzio

terça-feira, abril 20, 2010

A volta dos que não foram

Pois bem minha gente, cá tô eu de volta e com novidade!

Posto a minha primeira tentativa de podcasting! Espero que gostem. Tô meio morno ainda no treco, mas prometo melhorar com o tempo.

Essa primeira Edição vocês vão poder ouvir, além das ladainhas:

Coletivo Dinamite
Banda Maitê
Capim Seco

Comentem, viu?
É isso! Depois volto pra escrever mais!

Beijos e abraços!

terça-feira, novembro 24, 2009

Fascinação...

Enquanto não escrevo nada diferente, posto este vídeo com três belíssimas canções que de certa forma me atingem, sei lá, não sei!

Prometo que até quinta sai texto novo... Fim de ano é uma correria dos infernos.. Fechar notas, preencher os malditos diários, aprovar, reprovar, falar e ouvir muitooo... Preguiça é mato, mas tamo ai!

Abraços à todos!!

Show Disfarça e Chora com Anna Toledo, Guilherme Terra e Amelia Gumes com as canções Fala Baixinho (Pixinguinha), Carinhoso (Pixinguinha/João de Barro) e Esses Moços (Lupicínio Rodrigues).



p.s. Atualizando: Agora sim estou apaixonadoo!!!
ah! Por falta de tempo volto a postar apenas em 2010!
Abraços a todos!