Vídeo em homenagem ao dia das bruxas. Me dá muito medo!
Mesmo assim tento prestar atenção em oradores de profissão, como políticos, professores, palestrantes, jornalistas, militantes, padres, pastores, celebridades, sub-celebridades e coisas do gênero. Muitos me surpreendem pela ruindade, já que, vivendo disso, deveriam ser no mínimo razoáveis.
Para se ter um bom exemplo cito nosso querido ex-presidente FCH que poderia passar horas a fio desenvolvendo uma teoria sobre o potencial subatômico do urânio para no fim dizer simplesmente: Peidei. Este era o rei do discurso vazio.
Outro bom exemplo na política (são tantos) é o nosso novo prefeito. Não apenas o sorriso que me lembra uma abóbora do dia das bruxas, como também a incapacidade de conseguir articular uma frase sem fazer caretas.
Já tive professores doutores que diziam “plobrema”, e tinham o gerúndio como modo de vida, sem contar o essencial “a nível de”. Pra quem achava que era exclusividade do telemarketing, digo que não. Dava medo e preferia sair de sala e ir tomar café. Nessa época viciei em café, mas pelo menos meu português não saiu tão danificado.
Fui uma vez em um casamento num templo evangélico. Nunca vi tanta confusão numa cerimônia. O Pastor não sabia nem contar até dez, o que dirá ler uma bíblia. E eu achava que confusão era levar a Revista Veja pro banheiro e não saber com que papel limpar.
Admito que também cometo meus erros. Já engasguei em palestras e vez ou outra engulo letras enquanto ministro minhas aulas. Falo gírias, mas poucas, que não comprometem. Tento falar minhas mentiras de modo convincente.
Mas o melhor exemplo deixei para o final. Era o ano de 2002, e eu tinha acabado de entrar pra faculdade. Sala de calouros sempre uma infinidade de visitas. Entra um senhor de uns 60 anos, de terno e gravata, oferecendo um curso. O pobre homem não conseguia explicar o que estava vendendo. Tinha uma péssima postura, voz irritante e vocabulário pior. Seu produto? Como falar em público! Juro!
Depois dessa percebi que nada mais me atordoaria. Ledo engano. Durante os 4 anos de graduação e mais 1 de pós descobri como não se deve falar, como não se deve escrever e, principalmente, o que não se deve escutar.
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Deixo, por fim, um abraço de Parabéns ao meu grande amigo Bernardo Botarro, que desde 2004 está fazendo 18 anos! Felicidades meu caro! 20 anos de amizade é assim!