Fim de noite costuma ser surreal.. Fato! Já tomou todas, fez de tudo, e só lhe resta forças pra implorar por uma saideira num lugar onde venda cerveja. Apenas isso. Não importa se é um restaurante fino ou uma sutil budeguita. Você quer é beber aquela última gelada.
Por acaso vocês, caros amigos, conhecem o Recanto do Índio? O bar que nunca fecha? Deveriam conhecer. Um lugar que com toda certeza joga pro buraco o conceito de multidão de Walter Benjamin, ou no mínimo, faz Baudelaire morrer de vergonha. É a síntese do concreto e abstrato. O reunir e compartilhar, sem se ver literalmente o físico ao encontro do psíquico ou algo tipo o contrário disso tudo. Assim é o Índio.
Dia desses, nestas saídas intermináveis com meu amigo Adelino, fomos parar no Índio para uma justa saideira. Descontroladamente tomamos várias, como era de se supor. Somos Belorizontinos normais né. Bisbilhotando a mesa ao lado, um nada distinto cavaleiro olhava fixamente para a cadeira encostada na sua. Com um copo de salinas na mão e a cerveja na outra.
De repente, não mais que isso, começou a bradar insultos ao teu amigo, supostamente invisível, vá se saber, sentado nesta cadeira. Não satisfeito, ainda pedia confirmação, com teu outro amigo, também gasparzinho, que ocupava o espaço em frente.
Calhorda, bandido! Você não vale nada! Eu sabia que isso ia acontecer!
Não é isso mesmo? Eu sabia que não podia confiar nele. Eu não podia confiar em você!
Era quase um discurso de Lula direcionando ao Dirceu. E o diálogo (ou monólogo, como quiserem) continuava esquentando.
Como ninguém no bar notou, estava chegando a conclusão que o doido na verdade era eu, pena de mim. Não satisfeito, o moço pedia outra cachaça e continuava em sua conversa, neste mesmo nível. Assuntos interessantíssimos... Valia a pena ouvir.
Consultei meu companheiro de golo juntamente com o atendente Fred se ambos também percebiam tais manifestações. Por sorte, sim! Mas ignoravam. Fred acostumado com aquilo, se divertia.
Enfim, o moço se levantou e se foi, deixando ao Fred o dever de limpar a mesa, onde pasmo, me disse que pedia para servir três copos, para todos seus amigos invisíveis. Desperdício certo. Todo mundo sabe que amigo invisível é abstêmio.
Por acaso vocês, caros amigos, conhecem o Recanto do Índio? O bar que nunca fecha? Deveriam conhecer. Um lugar que com toda certeza joga pro buraco o conceito de multidão de Walter Benjamin, ou no mínimo, faz Baudelaire morrer de vergonha. É a síntese do concreto e abstrato. O reunir e compartilhar, sem se ver literalmente o físico ao encontro do psíquico ou algo tipo o contrário disso tudo. Assim é o Índio.
Dia desses, nestas saídas intermináveis com meu amigo Adelino, fomos parar no Índio para uma justa saideira. Descontroladamente tomamos várias, como era de se supor. Somos Belorizontinos normais né. Bisbilhotando a mesa ao lado, um nada distinto cavaleiro olhava fixamente para a cadeira encostada na sua. Com um copo de salinas na mão e a cerveja na outra.
De repente, não mais que isso, começou a bradar insultos ao teu amigo, supostamente invisível, vá se saber, sentado nesta cadeira. Não satisfeito, ainda pedia confirmação, com teu outro amigo, também gasparzinho, que ocupava o espaço em frente.
Calhorda, bandido! Você não vale nada! Eu sabia que isso ia acontecer!
Não é isso mesmo? Eu sabia que não podia confiar nele. Eu não podia confiar em você!
Era quase um discurso de Lula direcionando ao Dirceu. E o diálogo (ou monólogo, como quiserem) continuava esquentando.
Como ninguém no bar notou, estava chegando a conclusão que o doido na verdade era eu, pena de mim. Não satisfeito, o moço pedia outra cachaça e continuava em sua conversa, neste mesmo nível. Assuntos interessantíssimos... Valia a pena ouvir.
Consultei meu companheiro de golo juntamente com o atendente Fred se ambos também percebiam tais manifestações. Por sorte, sim! Mas ignoravam. Fred acostumado com aquilo, se divertia.
Enfim, o moço se levantou e se foi, deixando ao Fred o dever de limpar a mesa, onde pasmo, me disse que pedia para servir três copos, para todos seus amigos invisíveis. Desperdício certo. Todo mundo sabe que amigo invisível é abstêmio.
No meio de tantos acontecimentos, pedíamos outra, e mais outra. Não era culpa nossa. E assim foi-se indo, até as seis da manhã. Vendo o sol nascer, mais uma vez, no Recanto do Índio.
6 comentários:
é... buteco é buteco...
bh é isso... doido em tudo que é canto!
E ai Banjo, essa foi boa.
Mas vc esqueceu de citar que fomos os unicos a fechar um boteco 24h's.
Daqui uns dias tem mais.
Eu conheço esta foto!!!
;o)
Lina
kkkkkk...
Esse eu tenho buteco que conhecer, hein?
Imagino a cena...kkkkkkk
cara, q saudade de buteco, saideira(s), salinas, BH...
aqui na India (bangalore) tem "toque de recolher" as 23:00. Vc imagina o inferno!?
Abraco!
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