segunda-feira, fevereiro 02, 2009

A Parábola - Parte 2


Mas agora que a parábola fica boa, meus caros. Nada como um pouco de ação na vida daquele andarilho que queria apenas voltar para casa.


Lembro-me com perfeição que nesta parte do conto, entre um copo de Brahma e uma leve tragada, o bendito contador era interrompido por outro bêbado presente no recinto. Bar do índio tem muito disso. Ninguém espera a vez de falar.


Continuando...

Andava ele pela estrada pensando na morte da bezerra quando passou um caminhão de bóia-fria lhe oferecendo carona.O motorista dizia que eles seguiriam por um trecho diferente, mas que poderia lhe deixar bem mais perto de sua choupana.


Quando já ia embarcar lembrou do primeiro conselho de seu patrão: - Siga sempre seu caminho. Muito agradecido recusou a gentileza e seguiu a pé, comendo poeira e tossindo como uma caipora doida. O caminhão partiu, é óbvio ululante.


Após algumas horas de caminhada ele percebeu um estranho movimento ao pé da ribanceira da mula manca. Vários curiosos que ali estavam lhe contaram que aquele caminhão de bóia-fria havia acabado de sofrer um terrível acidente, matando todos os passageiros, inclusive a retirante Luana, interpretada por Patrícia Pilar na novela Rei do Gado, da obra de Benedito Rui Barbosa. (lembram?)


Muito triste, ele continuou seu caminho, quicando e mexendo o ombrinho, ao mesmo tempo também dando graças por não ter subido na boléia daquele veículo.


Cansado de andar decidiu se hospedar em uma pequena pousada, que era barata e humilde, porém limpinha. Entrou em seu quarto e quando já estava pronto para dormir ouviu estranhos sons que vinham do lado de fora. Uma bagunça infernal tomava conta da bagaça.


Quando já ia abrir a porta e ver o que se passava lembrou do segundo conselho do estimado patrãozinho: - Não seja curioso.


Respirou fundo, concentrou-se em algo menos excitante como a música do Wando Meu iaiá meu ioiô e voltou para cama. Acabou dormindo o sono dos justos.


Na manhã seguinte foi acordado pela polícia, sirenes e rabecão. Contaram-lhe então que na noite passada o filho do dono da pousada, viciado em crack, cocaína e RBD chegou fazendo muito alvoroço e matou à todos que ousaram sair do quarto.


Nosso viajante juntou seus trapos e saiu rapidinho dali, por que tudo que não precisava naquele momento era servir de testemunha, passar duas horas na delegacia e dar entrevista para o "jornal" Super. Antes é claro, agradeceu novamente por ter se lembrado das palavras do querido patrão...


*******************************************

E agora que a história tá ficando boa, mais uma pausa. Continuo depois, viu?

Programação cultural pra lá de porreta? clica ai! (orkut)

Abraços!!

8 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Lilian disse...

Quicando e mexendo o ombrinho...hohohoh
O FINAL!O FINAL! O FINAL!!
vai!!!
beijossssss

Lilian disse...

ansiedade...hihihi

Anônimo disse...

termina isso logo sô.. rs

bj

Anônimo disse...

Muito bom o texto, quero saber logo o final. Vamos tomar um Whisky e vc me conta como termina essa parábola blz.


P.s. Mais respeito com o melhor "jornal" de Minas Gerais viu.

Danilo Damasceno disse...

E o suspense continua.Abração

Anônimo disse...

já conhecia a história mas o modo de contar tá bem interessante.. rs
parabéns!

TIAGO SÂNZIO disse...

e terça que vem termino.. rs
pq sexta é dia de Alexander e Pablooo!!

Bom fim de semana a todos!!