Inspiração

Seguindo uma linha poética, diria e afirmaria que a minha falta de inspiração deriva da ausência de uma mulher, um amor, uma musa que arrebente como nenhuma outra as entranhas da minha alma. Feliz era Vinícius, que usava como ninguém estas artimanhas do coração e conduzia em palavras tudo aquilo que sentia para um simples papel.

Mas não, meus caros. O que realmente me derrubou foi a falta de tempo, outras atribuições e responsabilidades. Tentando ganhar meu dinheiro, mesmo que Aecinho seja contra, levando 34 aulas por semana no estado, e mais alguns projetos paralelos que cismam em não querer andar. Até o samba tô diminuindo, pra vocês verem. A coisa é séria mesmo!!!

No entanto ando escravo da alegria, podem acreditar. Mês que vem me mudo para uma casinha nova, que posso chamar de minha, e outras histórias com toda certeza virão. Tô pensando também num novo layout pro blog, se assim o tempo permitir. E procuro um outro emprego também. Ainda tenho um tempinho na parte da manhã, se alguém souber é só gritar. Meu nome é trabalho e o sobrenome competência.

Nestas últimas semanas muitas coisas aconteceram, e, entre tristezas e alegrias, salvaram-se todos. O que mais me faz falta são os botecos. Poxa é lá que encontro as melhores histórias. Ouvi uma outro dia ótima.

Era um senhor, frequentador antigo de um dos bares daqui da região. Ele sempre ia beber com várias bolinhas de gude no bolso, de duas cores diferentes. A cada cerveja que pedia, mudava uma bolinha de bolso. A cada cachaça que pedia, mudava outra bolinha. Desse jeito, mesmo trêbado no final, sabia exatamente quantas tinha tomado e ninguém podia passá-lo para trás na hora da conta. Isso que eu chamo de eficiência.

Entre promessas e novidades, posso garantir que voltarei a escrever regularmente, mesmo por que isso me faz um bem danado. Mas agora irei intercalar as crônicas e contos com críticas e seleções de livros e discos que me agradam, pode ser? Espero que gostem.

No mais, peço desculpas pelo sumiço...

Abraços!