
Muito tempo sem escrever no blog, eu sei. Estava em outros projetos, me preparando para o fim das férias e otras cositas más. Alegria mesmo, apenas com o sumiço definitivo de um famoso político baiano. Mas é melhor deixar isso pra lá. Todo mundo sabe pra qual plano espiritual ele foi. E meu destino pode ser muito parecido.
Como diria o sábio, bom mesmo seria passar os dias de semana no céu e os fins de semana no inferno, sendo ambos, open bar! Pena que, na realidade, no inferno só existe cigarro Yes e cerveja Krill, quente. No céu, como todo mundo sabe, só se toma Original, e Deus, acompanhando por seus querubins, fuma apenas Continental sem filtro. Coisa de Louco, diria o poeta Fausto Silva.
Voltando ao título escolhido, as referências são inúmeras. Foram vários exemplos durante esta semana. Começo com a cobertura da imprensa sobre o desastre da TAM. Alguém me responde como deixam um cara igual o Datena solto? Com ele já estou até acostumado, mas todas as emissoras exploraram o desastre de forma tão sensacionalista que deu até nojo. Pessoas chorando e eles querendo entrevista. Desespero geral e eles querendo closes. Foi triste de se ver.
Agora, deixando de falar de coisa séria, um exemplo que beira o ridículo. Fui com uma amiga ao centro da cidade, e, com poucas alternativas de entretenimento, já que era de manhã, decidimos ir até a Leitura, do Shopping Cidade. Não sou uma pessoa de Shopping, um verdadeiro peixe fora d´água. Sinto-me num desconforto tamanho. No entanto, desta vez valeu a pena.
Caminhando e cantando, me deparei com uma cena pra lá de inusitada. Quatro pessoas, três homens e uma mulher, com os beiços grudados em um carro, e várias outras em volta, assistindo àquele show de horrores. Estupefato fiquei, mesmo na dúvida do que realmente significava tal palavra.
O que era aquilo? Quem os obrigava a beijar um carro? Quem os obrigava a ouvir funk? Porque o Jô Soares não se aposenta? Eram as perguntas que pipocavam em minha mente. Depois da surpresa inicial, fui explicado que era na verdade uma promoção, e os participantes tinham que demonstrar o quanto eram apaixonados pelo automóvel. Quem ficasse por mais tempo com o beiço grudado, levaria o bicho pra casa.
Detalhe importante: Já estavam ali, naquela posição, há mais de 26 horas. E o funk rolando ao fundo. Não gosto tanto de carros assim. Prefiro andar a pé. Se ainda fosse pra ficar com a boca nas pernas da Camila Pitanga. Garanto que eu levaria o prêmio pra casa.
Não sei quem ganhou a peleja, mas creio que todos saíram perdendo, no mínimo, dignidade. Exagero meu? Talvez! Mas a escola Big Brother deixa aí seus frutos. Que medo...