Num ar sombrio e nebuloso, graças a todo o cigarro que ali faziam uso, Seu Tonho começou a narração. Todos os bêbados de plantão sentaram-se, quietos e atenciosos para ouvir, fazendo inveja em muita sala de aula de Ensino Médio e assim deu-se o início:
Era uma noite escura e fria do mês de julho de 1974. Eu, ainda muito jovem cuidando do bar para meu pai, Seu Tonhão, que neste dia em particular tinha pegado uma estranha infecção, que mais tarde fui conhecer como gonorréia.
Mamãe também ficou sabendo e a separação veio logo
Nesta noite, os bêbados se amontoavam no balcão, como hoje mesmo, implorando por cachaça fiado e cigarros Plazza ou Continental. No entanto, um dos bêbados não me era familiar. Sujeito bem apessoado, de uns 30 e poucos anos. Paletó um tanto gasto e um rosto triste que só vendo.
Chegou até minha pessoa e falou ao pé do ouvido: - Garoto, tá a fim de pegar uma pinga da boa?
Evidentemente não tive resposta. Os olhos dele brilhavam. Fixou atentamente para o vitral de salgados e pediu: Um desses ovos coloridos, por favor.
- Ovos coloridos? Aquilo não é um kibe?
- Kibe nada sô... É só assoprar que as moscas saem.
Devorou o ovo com extrema voracidade. Foi o único até hoje, pra falar a verdade. Fez cara de macho e tirou a garrafa prateada da bolsa dizendo:
- Esta é uma garrafa mágica, meu jovem. Quem dela bebe, terá vida eterna. Estou aqui para lhe ofertar, e em troca, quero apenas mais um ovo. Do azul, por favor.
Peguei a garrafa com muito cuidado e assombro. Apesar dos meus 13 anos acendi um cigarro e fiquei pensativo por longos segundos.
Examinei cada canto da garrafa e quando fui verificar o fundo algo estranho estava escrito. O nome de uma mulher. Mas não de uma moça qualquer.
Um nome que ainda dava calafrios a todos em nosso país neste estranho ano de 1974. Ano de uma Copa do mundo pra lá de surreal, onde a Holanda merecia ganhar e a Alemanha levou. Ano que meu Cruzeiro foi roubado do Vasco da Gama na final do Brasileiro! Outra vergonha nacional.
Mas, principalmente o ano que deixou um nome marcado, e era este nome escrito no fundo da garrafa: Joelma!
Abraços!
14 comentários:
entendi tudo você está falando da misteriosa tragédio do edficio "Joelma"...
agora quero saber o final
...mas se não for deve ser a Joelma do calypso mesmo ela tbm é um mistério.
hauhauhauhauhau!!!!!!!!!
e quem seria este admirável Anônimo? rs
bem legal o blog, seu texto é bem escrito, parabens.
O texto é ótimo, muito bem escrito, mas me deixou muiiiitoooo curiosa para saber o restante da história.
posta logo o final fiquei curioso agora xd
pior que ta todo mundo esperando o final.. vai ter que esperar pq sexta é dia de Alexander e Pablo!!! rs
paciência, meus caros!
Eu te odeio.
odeia nada Dani... vc me ama! rs
bjjooo!!
pô Tiago, inclusive eu, tbm to na espera do final, pode colocar o final em primeiro lugar e o texto do bilu pode deixar pra outro dia junto com meu desenho!!!
rsrsrsrsrs
hehehehe!!!!
pooxaaa, Banjoooooooo...
É no serviço que tenho oportunidade de ler os textos...
O telefone toca, eu tenho quer parar de ler...
Meu diretor me chama, tenho que parar de ler...
Agora, só por causa do Leque e do MeU cArTuNiStA mAiS LiNdO dO mUndO - PaBLo, você quer que eu fique sem ler!!!! rsrs
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh Põe o final aí, pô... heheheheheheeh
Tá uma delícia!!!
Mil beijinhos
Poxa, a bagaça começa a esquentar, o Tiago começa a enrolar. Sempre a mesma coisa. Ah nem.
Pow, esse anônimo aí, vou te contar, é bom de comentário. Edifíco Joelma, Calypso... acho que a chave para desvendar o final é que toda Joelma tem um Quê de sobrenatural. Não quero estragar a última parte, mas é que tenho certeza. Como diz Adílson Batista "vamos aguardar".
Ahhhhhhhh...sou geminana, morro de curiosidade..terminaaaaaaaaaaa!!!!
beijossssss
Ah voce!!!!!!!! De novooooooooooooo!!!!!!!
Sera q era o pai da Joelma do Calypsoo????
Postar um comentário